domingo, 8 de dezembro de 2013

FORMAÇÃO EM DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS

"Eu lhe mandei um convite, a nota inscrita na palma da minha mão pela chama da vida. Não dê um salto gritando: 'sim, é isso que eu quero! Vamos em frente"! Apenas se levante em silêncio e dance comigo"
(Oriah Mountain Dreamer).  
Foram nove módulos, nove meses de convivência e inúmeras danças, abraços, sorrisos e lágrimas trocadas com minhas "fadinhas dançantes", durante o Curso de Formação em Danças Circulares Sagradas, em Porto Alegre.
Não entrei na dança para tornar-me uma focalizadora de Danças Circulares, isso talvez venha a ser uma consequência. Entrei na roda para me permitir, me encontrar um pouquinho mais, encontrar algum silêncio para depois, quem sabe, encontrar o eco.
Nove meses depois de levantar em silêncio e dançar com elas saio mexida, repensando valores e ações. Imensamente grata a cada uma, que de muitas formas ressignificaram minha existência.

 




quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SEMANA LITERÁRIA DA ESCOLA ESTADUAL VERA CRUZ

Hoje à tarde contei histórias na Semana Literária da Escola Estadual Vera Cruz!! Desafio dos bons. Lá estavam 250 crianças e adolescentes no saguão da escola para ouvir e participar das histórias. Fui desafiada e desafiei, provoquei com contos do Eduardo Galeano e da Rosane Pamplona, histórias cumulativas (cantadas e contadas) e circulares e poesia!! Maravilha!!

 



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O HOMEM LÚCIDO

O HOMEM LÚCIDO
                                                 
O Homem Lúcido sabe
que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções
que ele nunca se entusiasma com ela
Assim como ele nunca tem memórias

O Homem Lúcido sabe
que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor
posto que que a vida contém tantos sofrimentos
que a sua cessação não pode ser considerada um Mal

O Homem Lúcido sabe
que ele é o equilibrista na corda bamba da existência
Ele sabe que por opção ou por acidente
é possível cair no abismo a qualquer momento
interrompendo a sessão do circo

Pode tembém o Homem Lúcido optar pela vida
Aí então ele esgotará todas as suas possibilidadades

Ele passeará pelo seu campo aberto
pelas suas vielas floridas
Ele saberá ver a beleza em tudo!

Ele terá amantes, amigos, ideais
urdirá planos e os realizará
Resistirá aos infortúnios
e até mesmo às doenças

E se atingido por um desses emissários
saberá suportá-lo
com coragem e com mansidão

E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais
e em idade avançada
cercado pelos seus filhos
e pelos seus netos
que seguirão a sua magnífica aventura.

Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido
uma aura de bondade
Dir-se a:
-Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!

A Justa Lei Máxima da Natureza obriga
que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade acontecimentos favoráveis

O Homem Lúcido porém
esse que optou pela vida
com o consentimento dos deuses
tem o poder magno de alterar essa lei

Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...

Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com os Homens Lúcidos

*O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotamia, entre os rios Eufrates e Tigre

Extraído de: http://repensante.blogspot.com.br/2006/02/o-homem-lcido.html

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

BAILEI NA CURVA E OUTRAS HISTÓRIAS

Trinta anos atrás eu era uma pirralhinha cheia de sonhos, que morava numa quase ilha (já que a ponte sobre o rio Jacuí só foi uma realidade muitos anos depois). Aquela menina aproveitou tudo o que tinha direito quando era pequena, mas também foi influenciada pelos amigos mais velhos e por causa deles foi se apaixonando pelo que era produzido culturalmente aqui no Rio Grande do Sul. Como eu tinha apenas 12 anos (quase 12), morava “longe” de Porto Alegre (é impressionante como uma ponte pode mudar os conceitos de longe e perto) e meus pais não tinham uma condição financeira que favorecesse a realização de certos sonhos naquele momento, quase toda cena cultural do estado eu vi crescer e aparecer pela tela da TV, através de diferentes programas, mas em especial por um programa chamado “Pra começo de conversa”, produzido pela TVE. Naquele período surgiu na cena cultural de Porto Alegre uma peça de teatro que não revolucionou apenas a cena, revolucionou a vida de uma geração (e depois de outra e de outra e de outra). A peça se chamava “Bailei na Curva”. Eu não pude ver, era pequena, morava no interior, não era viável naquele momento. Mas quando algo é muito desejado, pode virar realidade. Anos depois a trupe que montou o espetáculo pela primeira vez, se reuniu para celebrar os 10 anos da peça. Eu esperei 10 anos da minha vida, dos 12 aos 22, para concretizar o sonho de ver o “Bailei”. Poderia ter desistido, mas sonhos são para ser sonhados, não é mesmo?!! Assim, no aniversário de 10 anos eu pude vê-los em cena. A emoção daquele momento é indizível, não é possível descrevê-la em palavras porque, de fato, era a realização de um sonho ímpar. Depois vi outras montagens e em todas me emocionei profundamente cena a cena e me destroço quando ouço “Horizontes”. O Bailei, e muito do que essa trupe produziu, foi determinante na formação da pessoa que sou. As realizações daquelas pessoas foram (e continuam a ser) fundamentais (acho que essa é a palavra certa) para a minha vida. Tenho uma dívida de gratidão, por terem me feito acreditar nos sonhos. Nunca vou poder pagar essa dívida, mas vou amá-los para sempre!!! Lá se vão trinta anos e hoje estreia uma nova montagem para celebrar o aniversário da peça. Maior emoção, mesmo que de longe, como da primeira vez. Vou sempre estar na torcida por esses “musos” que me inspiram sempre e continuam a me fazer acreditar nos sonhos. obrigada por ampliarem meus sentidos, por me inspirarem, por me fazerem sempre retomar os sonhos!! Uma gratidão sem fim pelo que são!!
 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

BRINCAR E REABILITAR

Neuroreabilitação não é fácil. Pelo contrário, é infinitamente complexa e deliciosamente desafiadora. E se nos sentirmos desafiados mesmo, com o corpo inteirinho, será não apenas desafiadora, mas divertida também!! Falo isso para que meus estagiários e meus alunitchos nunca esqueçam das suas reais possibilidades, das possibilidades dos pacientes e do seu fazer terapêutico. E mais, sobre essa cena - que aconteceu a poucos meses na FisioUnisc -, posso afirmar que engatinhar junto, na neuropediatria, não é brincar, é fazer junto, é ser parceiro, é poder conversar olho no olho.

domingo, 22 de setembro de 2013

HOJE INICIA A PRIMAVERA ...
BOA PRIMAVERA A TODOS
CHEIA DE CHEIROS, DE CORES E AMORES
CHEIA MÚSICA, POESIA E ALEGRIA!!

 
"Quando entrar setembro...
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender"

(Beto Guedes, Sol de primavera)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MUITAS FORMAS DE SER GAÚCHO

No dia 20 de setembro, aqui no Rio Grande do Sul, celebra-se o início da Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos. A Guerra, que iniciou em 1835 e durou 10 anos, baseava-se no conflito político entre imperiais e liberais, que propunham um modelo de estado com maior autonomia para as províncias. Grande crítica que se faz hoje é o modo romanceado como tratamos este triste episódio da nossa história. Ocorre também que para muitos parece que gaúcho de verdade precisa andar pilchado, falar com sotaque da fronteira e servir em alguns estereótipos. Neste sentido, faço minhas as palavras do Caio Riter, que hoje escreveu: "Sou gaúcho, mas não do tipo que cultua as tradições. Não vou a desfile, não me pilcho, não monto cavalo, nem acampo no Harmonia (aliás, o acampamento ser em PoA é bem estranho, afinal a Capital não se rendeu aos farrapos jamais, foi sempre monarquista). Sou gaúcho, tenho orgulho de sê-lo, não creio que para tal precise me uniformizar. Porém, também não vejo ...problema em quem o faça. Talvez, este orgulho que infla nosso peito merecesse se voltar para o ontem, para o hoje. Ver além do aparente. Tarefa difícil, sempre. A arte faz isso: nos dá olhos de ver".
Meu avô era patrão de CTG, mas eu gostava mesmo era do rock e da MPB que se fazia por aqui. Comecei a tomar chimarrão com 17 anos, depois viciei e também acho refrescante um "chimas" no verão. Sou uma gaúcha urbana mesmo, sigo curtindo a música mais urbana que se faz por aqui, não uso roupas típicas e não falo tchê, mas falo "Bah, tri legal"!! Não acho nenhuma guerra justa, não seria a dos Farrapos que haveria de ser. Mas também não me desgasto com o 20 de setembro, não me incomodo com os tradicionalistas, porque é muito estranho ver como algumas pessoas se incomodam com os tradicionalistas daqui, mas prezam as tradições de fora, sobretudo aquelas que cruzam oceanos

POESIA DE AMIGA

Poesia de amiga não é o nome da poesia, que até onde sei não tem nome (ainda). Mas a amiga  que escreveu a poesia tem, é a mineiríssima e amadíssima Beatriz Myrrha, que não precisa de diplomas para ser a lindeza que é...
 
"Não coleciono títulos. E nem desejo fazê-lo. 
Mas experiências sim. Encontros. Trocas. 
Eu me coleciono. E me troco com o eu outro que está em corpo alheio, diferente de mim. Álbum natural de figurinhas. Ele, eu e outras tantas andorinhas...".
 
 



domingo, 15 de setembro de 2013

26ª FEIRA DO LIVRO DE SANTA CRUZ DO SUL

De 6 a 15 de setembro de 2013 aconteceu a 26ª do Livro de Santa Cruz do Sul. Uma das propostas deste ano foi acolher  também os interesses do público adolescente. A programação ficou super interessante, uma das mais bacanas que já acompanhei. 

Em breve, mais imagens!!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

MEUS AUTÓGRAFOS - MARINA COLASANTI

 
Autógrafo é uma palavra originária do grego que significava "escrito a punho pelo próprio autor".  Numa compreensão mais comum e moderna, os autógrafos são as assinaturas de pessoas célebres (no meu caso, de pessoas que são afetivamente muito queridas por mim) oferecidas como lembrança de um contato pessoal a admiradores (neste caso, eu).
Com os maravilhosos Affonso Romano Santanna e Marina Colasanti

Autógrafo de Marina Colasanti (2013)
(Para Léla, que dá sua bela voz a tantos contos, com um beijo.
Marina Colasanti)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

FORMAÇÃO DO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

Hoje à tarde eu conversei com os professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, da 6ª Coordenadoria de Educação, sobre "A importância de contar histórias para crianças". 

Depois da minha fala foi a vez da minha querida amiga (e musa) Sandra Richter falar sobre o tema "Crianças na escola: tempos de viver as infâncias". Já ouvi a Sandra muitas vezes, mas a sua fala de hoje foi especial, inspiradora!!
O Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul estava lotado. 
Não bastasse os encontro de olhares, afetos e informações, pude também reencontrar amigas muito queridas, como a Martha, a Cata, a Alexandra e a Nani. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O SUSSURRADOR DE POESIA

De acordo com Celso Sisto, "o SUSSURRADOR DE POESIA foi inventado na França". "El sussurrador" é um dos recursos que a contadora de histórias argentina DIANA TARNOFKY usa em seu trabalho e trouxe para mostrar ao público na mesa da qual participou, no 3º Seminário Internacional de Contadores de Histórias, na Jornada Nacional de Literatura, em Passo Fundo (RS), cujo tema era "Interações possíveis e impossíveis com o público jovem". O lindo sussurrador (esse aí da foto) que acompanha minha querida amiga Diana Tarnofky pelo mundo, foi criado pela artista plástica Maria Gil Araújo.

domingo, 25 de agosto de 2013

PESSOA COM DEFICIÊNCIA: NÃO É SÓ MAIS UMA EXPRESSÃO

Tenho andando distante das postagens, mas muito próxima do trabalho, dos muitos trabalhos nestes múltiplos caminhos que escolhi trilhar. No entanto, não compartilhar essas andanças é deixar de compartilhar alegrias. Por isso, vou fazer (aos poucos) uma pequena retrospectiva das tantas andanças desses últimos dias. Começo pelo fim, com a publicação de um texto meu no Riovale Jornal (aqui de Santa Cruz do Sul), onde falo um pouco sobre as expressões "portador de deficiência" e "pessoa com deficiência". Vale lembrar que estamos vivendo aqui no Brasil a "Semana Nacional da Pessoa com Deficiência" e que eu, além de contadora de histórias e educadora, sou também fisioterapeuta.
Há alguns dias fui convidada (e desafiada) a falar sobre a diferença entre as expressões “portador de necessidades especiais”, “portador de deficiência” e “pessoa com deficiência”, no Fórum de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, que aconteceu esta semana, na UNISC.
Desde 1964 celebra-se no Brasil, de 21 a 28 de agosto, a “Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla”. Na verdade, em 1964, o Decreto n° 54.188, instituiu a “Semana Nacional da Criança Excepcional”.  Pessoa com deficiência, criança excepcional, pessoa inválida, portador de deficiência, portador de necessidades especiais... Faz diferença o termo que se utiliza?! Com certeza. O modo como nos referimos, como tratamos as pessoas, nos dirigimos a elas, faz diferença, pois reflete um modo de pensar e também de estar no mundo.
Muitos termos já foram empregados para designar as pessoas com deficiência. O uso dessas expressões sempre esteve inserido em um determinado contexto social. A cada época os termos usados para definir as pessoas com deficiência têm significados que entram em consonância com os valores vigentes em cada sociedade. 
Na legislação brasileira, atualmente, o termo ainda mais utilizado é “pessoa portadora de deficiência” (Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989), mas na Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência (2007), ficou decidido que o termo mais adequado seria “pessoas com deficiência”.
Uma questão que precisa ser repensada neste contexto é o uso da expressão “portador”, que remete a uma condição de portar algo, levar algo consigo. Quando portamos uma cédula de dinheiro, podemos ser roubados. Enquanto portadores de um relógio, podemos esquecê-lo em casa. Quando necessitamos portar um objeto, podemos optar em não levá-lo conosco. Observe que tanto o verbo “portar” como o substantivo ou o adjetivo “portador” não se aplicam a uma condição que é constitutiva da pessoa, neste caso, uma deficiência.
Existem várias definições de deficiência de acordo com o tipo de limitação verificada. A deficiência pode ser auditiva, física, mental, visual ou múltipla. De qualquer modo, o conceito válido legalmente é aquele contido no artigo 2º, inciso II, do Decreto nº 1.744/95, que regulamenta a Lei nº 8.742/93 e que considera como pessoa portadora de deficiência “aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho em razão de anomalias ou lesões irreversíveis de natureza hereditária, congênitas ou adquiridas, que impeçam o desempenho das atividades da vida diária e do trabalho”.
Creio que o entendimento desses aspectos é necessário para que possamos nos expressar de modo coerente, sem medo de sermos insensíveis. Mas há ainda outro termo, muito utilizado e que, pessoalmente, me incomoda, que é “pessoa com necessidades especiais”.
O que significa ter necessidades especiais, afinal? O que são necessidades especiais? Como seres humanos, possuímos necessidades básicas (como água, alimentação e vestuário), “necessidades” que são supérfluas e também necessidades especiais. No contexto aqui exposto, necessidade especial é aquela indispensável para que as pessoas possam exercer e usufruir de sua cidadania (como as cadeiras/ classes especiais para canhotos, os assentos maiores para as pessoas obesas nos meios de transporte ou recursos educativos adaptados às necessidades de cada sujeito). O que me incomoda no uso da expressão “especial” é o fato de fazer parecer que uma pessoa tem algo que a torna melhor (mais especial) que as outras, já que diferentes todos nós somos.
“Pessoa especial” ou “portador de necessidades especiais” são expressões que me impacientam como pessoa e como profissional, uma vez que não creio que contribuam para a conquista da garantia de direitos, equiparação na igualdade de acessos, adequações ambientais, distintas estratégias educacionais - e compreendo que estas são questões fundamentais nessa discussão. 
Estas duas expressões (pessoa especial ou portador de necessidades especiais) ganharam uma nova dimensão pessoal para mim. Hoje, como mãe de uma criança com uma deficiência motora, essas expressões me incomodam um pouco mais. Quando me perguntam se tenho um filho especial, respondo (ou penso em responder): - Não, tenho dois filhos especiais, maravilhosos e com habilidades diferentes, um deles tem uma deficiência motora e outro não.  Quando me dizem que sou uma “mãe especial”, eu sempre respondo: - Não, sou apenas mãe de dois meninos.
Acredito que o que nos faz especiais são nossas atitudes e não nossa condição física, sensorial ou intelectual. Creio que estas são questões que nos fazem repensar nosso modo de estar na relação com as pessoas de maneira realmente especial, afetiva e ética. Não posso falar pelas pessoas com deficiência, não posso colocar-me no lugar delas, falo como alguém que convive bem de pertinho, pessoal e profissionalmente, com muitas pessoas com deficiência. Por esta razão, sei que o que torna as pessoas especiais não são suas deficiências, mas o fato de serem pessoas.
               

domingo, 4 de agosto de 2013

PIQUENIQUE VIRTUAL (V)

O CONVITE
Este é o nosso quinto Piquenique Literário Virtual!! Que legal ver as pessoas queridas super afinadas com a leitura, dedicando um tantinho do seu tempo do final de semana para uma leitura gostosa, buscando unir os amigos em torno desse afeto tão especial. Para quem ainda está chegando e vai participar pela primeira vez, a ideia é a seguinte: para participar do encontro (que pode ser real, além de virtual) você deverá fazer um momento bacana de leitura (não precisa ser longo, mas precisa ser delicioso). Se a criançada estiver por perto, melhor. Mas se não houver crianças, vale leitura de adulto também. Mas lembre, tem que ser leitura da ordem do "frui" (para usar Rubem Alves), ou seja, uma leitura para ser apenas desfrutada, daquelas “sem serventia”, só prazer!! Vale pipoca, chimarrão, bolinho de chuva, cafezinho, pinhão, chazinho. Só tem uma regra: tem que ser divertido (e literário, é claro)!! Quem quiser registrar o momento para depois compartilhar aqui na página do evento, será legal!! Pode ser registro fotográfico e também (ou então) um breve relato contando qual foi a leitura que fez, porque assim também compartilhamos ideias literárias. Não precisa ser um livro inteiro, pode ser um conto ou um livro de poesias. Quem estiver muito ocupado com tarefas ou leituras da ordem do "uti", pode apenas fazer uma pausa para relaxar, ler um poema e mandar boas energias literárias para o universo. Nós acolheremos!! Mas tem que compartilhar para a gente poder receber mais de pertinho a energia, ficar com vontade de trocar livros e ideias. Valem as leituras do final de semana inteiro, apenas o encontro virtual é que fica agendado para domingo, embora possa ser iniciado antes. Quem ficou com vontade, bota o dedo aqui!!

terça-feira, 16 de julho de 2013

PIQUENIQUE VIRTUAL (IV)

Domingo, dia 14 de julho, aconteceu mais um Piquenique Virtual
O CONVITE:
O Piqueniques Literários tem promovido encontros ímpares por toda parte, mas como o inverno aqui no Sul é frio e úmido (falando mais especificamente de Santa cruz do Sul), nem sempre conseguimos estar nas praças. Há também aqueles que não curtem o frio, ou que ainda não conseguiram parceiros para "piquinicar" em suas cidades. Assim começou o Piquenique Literário Virtual, acolhendo gente de toda parte, super disposta a trocar ideias sobre leitura. Já que as férias escolares já estão em andamento para alguns e iniciando para outros, vamos aproveitar o final de semana para nos encontrar com amigos ou familiares para fazer uma leitura? A dinâmica cada um escolhe e vale também leitura solo. A ideia é a seguinte, quem puder e quiser participar do encontro (que pode ser real, além de virtual) deverá fazer um momento bacana de leitura. Se a criançada estiver por perto, melhor. Mas se não houver crianças, vale leitura de adulto também. Mas tem que ser leitura da ordem do "frui" (para usar Rubem Alves), ou seja, uma leitura para ser apenas desfrutada, daquelas “sem serventia”, só prazer!! Vale pipoca, chimarrão, bolinho de chuva, cafezinho, pinhão, chazinho. Só tem uma regra: tem que ser divertido (e literário, é claro)!! Quem quiser registrar o momento para depois compartilhar aqui na página do evento, será legal!! Pode ser registro fotográfico e também (ou então) um breve relato contando qual foi a leitura que fez, porque assim já compartilhamos ideias literárias também. Não precisa ser um livro inteiro, pode ser um conto ou um livro de poesias. Quem estiver muito ocupado com tarefas ou leituras da ordem do "uti", pode apenas fazer uma pausa para relaxar, ler um poema e mandar boas energias literárias para o universo. Nós acolheremos!! Mas tem que compartilhar para a gente poder receber mais de pertinho a energia, ficar com vontade de trocar livros e ideias. Valem as leituras do final de semana inteiro, apenas o encontro virtual é que fica agendado para domingo, embora possa ser iniciado antes. Quem ficou com vontade, bota o dedo aqui!!
Aqui em Santa Cruz do Sul a manhã de domingo estava chuvosa, numa manhã assim nada melhor do que começar o piquenique ainda na cama.... O João (meu filho de 9 anos) recebeu a visita do amigão Diogo neste final de semana e começamos (Léla, João e Diogo) o dia lendo histórias divertidas juntos. Como não poderia deixar de faltar, o sempre presente "As histórias mais loucas do mundo", da Raquel Grabauska (Ed. Artes e Ofícios). Lemos também o maravilhoso "Filho", doGuto Lins (Ed. Globo) e o divertido "O que tem na barriga da formiga?", do queridãoMarion Cruz (Ed. Libretos). O Arthurzinho  (meu filho de 3 anos) também participou do piquenique e para ele eu li "Boneco Neco e Maria Flor: uma história de bonecos e bonequices", do meu amigãoFrancisco Gilson (Ed. Imeph). Eu sigo relendo o fantástico "O jardineiro que tinha fé: uma fábula sobre o que não pode morrer nunca", da arrebatadora Clarissa Pinkola Estés (Ed. Rocco). Enfim, um domingo de muitas histórias!!


Na casa do Marco (Rocha) e da Carol (Garcia), o povo pratica leituras diárias. Mas hoje foi dia da Valentina ler para o Antônio, "Qual é a cor do amor?", da Linda Strachan e David Wojtowycz (Binque-Book). O papai também leu histórias e até o Antônio lei “sozinho”. Ah!! O Antônio é meu afilhadinho!!



O Josué Frizon, releu e deixou como dica "As Marias", da Anna Cláudia Ramos (Ed. Larousse). É a história de duas meninas chamadas Maria, que tiveram suas vidas transformadas por uma professora que contava histórias. Fiquei louca para ler... E para ver o Josué narrando a história!!
A Cilvane Marotz, compartilhou com a gente não apenas o título da história que leu com as filhotas, mas também uma breve narração da maravilhosa "Chapeuzinho Amarelo", do Chico Buarque. "Era uma vez uma linda menina chamada Chapeuzinho Amarelo.... Ela tinha medo de tudo: não brincava porque podia se machucar; não ia pra rua para não se sujar... não dormia com medo de se deitar e sonhar... sonhar com .... o LOBO MAU! Nossa! Ela tinha tanto, mas tanto medo do Lobo Mau que ela ficava toda amarela de medo... Só que o tal Lobo não existia. Um dia, Chapeuzinho se deparou com o Lobo Mau e... não teve mais medo. Como era de se esperar, o Lobo esperava que a menina gritasse, gritasse... mas ela não gritou de medo. O Lobo então berrou: eu sou o LOBO MAU!!!! e gritou várias vezes para ver se a menina voltasse a ter medo .... e nada. Chapeuzinho dava risadas. Moral da estória: O Lobo na verdade era um lindo e delicioso bolo bem fofo com cara de lobo. Como era um bolo, a menina perdeu todo o medo, até de brincar. Só não comeu um pouquinho do bolo porque ele não era de chocolate".
Minhas meninas adoraram esta história, contou a Cilvane!!

A Catherine Muller, que sempre participa dos piqueniques com a gente, compartilhou o conto que leu, que segue abaixo.
A Vivi Freitas disse que tiveram dificuldade para decidir entre tantos livros infantis, mas seu sobrinho escolheu "Os Bichos da Fazenda". Em cada página havia um bicho escondido, disse ela. 
Já para ela, a Vivi escolheu "Lendas Gaúchas", que é uma coletânea de histórias populares do Rio Grande do Sul, editada pelos jornais Zero Hora e Pioneiro. O conto escolhido pela Vivi foi "As Torres Malditas", que fala da lenda sobre a construção da Igreja das Dores. Conta-se que um escravo chamado Josino, foi enforcado por ter sido suspeito de furtar uma joia da imagem de nossa senhora e acabou amaldiçoando a construção da igreja.

E a queridona Kellen Gassen, também super parceirona dos piqueniques, deixou sua dica de leitura, "Felicidade em poucas palavras", de Andrew Matthews, da Ed. Sextante. 

A Ana Maria Geller Saraiva contou que em Taquara (RS) estava "caindo água", e ela aproveitou para "piquinicar" com um bom chimarrão, uma pipoquinha, a companhia dos seus companheiros de quatro patas e um bom livro. Tuuuudo de bom!! A Ana terminou de ler "A Fuga de Sobibor", de Richard Rashke (Ed. 8inverso), sobre a maior revolta de presos em um campo de extermínio nazista. Fica a dica coma recomendação da Ana, que já espera o próximo Piquenique Virtual.

Amigos, sei que muito mais gente participou do piquenique, ou seja, curtiu a tarde com uma leitura gostosa. Teve gente que até fotografou o seu livro (pois me contaram), mas não conseguiu tempo para postar na página do piquenique. Não tem problema, o mais divertido foi feito, vocês leram e conectaram sua energia leitora com o cosmos. Em breve teremos novas aventuras literárias para compartilhar!! Beijinhos!!

sábado, 13 de julho de 2013

DIA MUNDIAL DO ROCK

Hoje é o Dia Mundial do Rock. A data foi escolhida em homenagem ao Live Aid, um megaevento que aconteceu no dia 13 de julho de 1985, com o objetivo de arrecadar fundos em prol dos famintos da Etiópia. Foi realizado um concerto no Wembley Stadium, em Londres, para 82 mil pessoas, e outro no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia, para 99 mil pessoas. E houve músicos que se apresentaram em Sydney, em Moscou e no Japão. Foi uma das maiores transmissões em larga escala por satélite e televisão de todos os tempos. Estima-se que 1,5 bilhão de espectadores, em mais de 100 países, tenham assistido aos concertos ao vivo.

terça-feira, 9 de julho de 2013

8 DE JULHO: DIA DO PESQUISADOR BRASILEIRO

Para celebrar a semana em que comemoramos o "Dia do Pesquisador Brasileiro", nada mais justo que esta foto. Eu com ninguém menos que "Fritjof Capra", no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Que alegria foi ouvi-lo em várias conferências e estar ao lado deste grande pensador!! 

O Dia do pesquisador é comemorado anualmente no dia 8 de julho (Lei nº 11.807/2008). A escolha está associada à criação da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) - entidade de caráter civil voltada para a defesa da pesquisa científica no País, que foi fundada em 8 de julho de 1948.

Segundo Capra, "em última análise, [nossos] problemas precisam ser vistos, exatamente, como diferentes facetas de uma única crise, que é, em grande medida, uma crise de percepção. Ela deriva do fato de que a maioria de nós, e em especial nossas grandes instituições sociais, concordam com conceitos de uma visão de mundo obsoleta, uma percepção da realidade inadequada para lidarmos com nosso mundo superpovoado e globalmente interligado" (p.23). "O novo paradigma pode ser chamado de uma visão de mundo holística, que concebe o mundo como um todo integrado, e não como uma coleção de partes dissociadas. Pode também ser denominado visão ecológica" (p.25). "A mudança de paradigmas [no entanto], requer uma expansão não apenas de nossas percepções e maneiras de pensar, mas também de nossos valores" (p.27). CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 1996.